quarta-feira, 15 de junho de 2011

GABARITO DA PROVA DA UERJ - PRIMEIRO EXAME DE QUALIFICAÇÃO

VESTIBULAR UERJ 2012 – 1o EXAME DE QUALIFICAÇÃO

QUESTÃO 23 - OPÇÃO B

     KI

     m n

166g -----------------1mol

33,2.10-3g --------- x

x = 2.10-4mol




5.10-4mol ------ 1L

2.10-4mol ------ y

y = 0,4L = 400mL



QUESTÃO 24 - OPÇÃO A

Como a questão já informou, meia-vida é o tempo necessário para que a massa de uma certa quantidade de radioisótopos se reduza à metade de seu valor. Com isso:

Tempo de meia-vida = 20 h

Massa inicial = 2 g

Em um tempo de 100 horas, se passam 5 Meias Vidas, teremos portanto:

2g ---- 1g ---- 0,5g ---- 0,25g ---- 0,125g --- 0,0625 g

Massa do radioisótopo ao final de 100 horas = 0,0625g = 62,5mg.


QUESTÃO 26 - OPÇÃO C

O gráfico faz referência apenas à primeira etapa da análise da composição de ácidos carboxílicos não ramificados. Essa etapa corresponde à reação do etanol com um ácido carboxílico gerando um éster. O gráfico fornecido relaciona o percentual dos ésteres formados na primeira etapa. A análise do gráfico indica que o éster formado em maior quantidade apresenta oito átomos de carbono. Como o éster foi formado pela reação de um ácido carboxílico com o etanol, um álcool com dois átomos de carbono, podemos concluir que o ácido carboxílico tem que apresentar seis átomos de carbono. Como o ácido é não ramificado, o ácido em questão é o hexanoico.


QUESTÃO 28 - OPÇÃO B

Volume inicial de O2 = 20,9% do volume total do ar = 30000m3 x 0,209 = 6270 m3

Volume final de O2 = 19,3% do volume total do ar = 30000m3 x 0,193 = 5790 m3

Volume total de gás oxigênio consumido na reação = Volume inicial Volume final.

Volume total de gás oxigênio consumido na reação = 6270m3  5790m3 = 480m3 ou 4,8x105 L

4 Fe (s) + 3 O2 (g) → 2 Fe2O3 (s)

4mol Fe 3mol O2

massa            volume (CNTP)

4 x 56 g ----- 3 x 22,4L
Y  ------ 4,8x105 L
Y = 1,6x106 g = 1600 Kg Fe


QUESTÃO 30 - OPÇÃO D

O íon fumarato é originado pela retirada de dois átomos de hidrogênio do íon succinato. A forma de compensar a saída desses dois átomos de hidrogênio é colocar uma ligação dupla entre os carbonos que continham os hidrogênios. Com a entrada de uma instauração na cadeia carbônica, o composto passará a apresentar isomeria geométrica. Como a questão pede o isômero geométrico trans, os ligantes mais complexos terão de se posicionar em lados opostos da ligão dupla.



QUESTÃO 37 - OPÇÃO B

O cloreto de sódio é formado através da seguinte reão:

HCl + NaOH → NaCl + H2O

Tanto  o  ácido  (HCl)  quanto  a  base  (NaOH)  que  deram  origem  ao  sal  são  fortes, caracterizando-o como um sal de solução neutra.
QUESTÃO 41 - OPÇÃO D

Uma das maneiras de deslocar o equilíbrio químico de uma reação é alterar a pressão total do sistema. O aumento da pressão desloca o equilíbrio no sentido do menor número de mols de gás. No caso da seguinte reação,

2 CO (g) + O2 (g) 2CO2 (g),

como o objetivo é intensificar a degradação catalítica do monóxido de carbono, a alteração mais eficiente é aumentar a pressão do sistema, a fim de deslocar o equilíbrio da reação no sentido direto, que apresenta o menor número de mols de gás.

















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CUIRIOSIDADES

A inclusão de dois novos elementos à tabela periódica na semana que passou – os quase impronunciáveis ununquádio e ununhéxio – representa mais um capítulo da busca pelos blocos fundamentais do universo, os elementos químicos.
Por milhares de anos, da Babilônia à Índia, passando pela Grécia e China, diferentes civilizações patinaram no conceito de que tudo era formado apenas por quatro elementos clássicos: água, terra, fogo e ar. Eventualmente, um quinto elemento, o éter, era adicionado a esse grupo.
Somente no século XVIII, mais precisamente em 1789, ano da Revolução Francesa, o francês Antoine Lavoisier compilou a primeira lista com 33 elementos, tirando a química do terreno da alquimia e lançando as bases para avanços científicos sem precedentes.
A segunda revolução veio na década de 1860. O então desconhecido químico russo Dmitri Mendeleiev participou de um congresso na Alemanha, organizado por August Kekulé, que apresentou várias descobertas sobre os elementos químicos. Quase dez anos depois, publicou a tabela periódica, então com 63 elementos, capturando toda a química em um sistema tão organizado e natural que sofreu mínimas alterações até os dias atuais.
No esquema, os elementos químicos são ordenados conforme seu número atômico (quantidade de prótons) e agrupados em colunas (grupos de elementos com propriedades químicas semelhantes, como os gases nobres) e linhas (os períodos, nos quais os elementos têm o mesmo número de camadas de elétrons). A disposição ajuda a prever propriedades e reações de todos os elementos que compõem o universo.
O modelo mudou pouco, mas a relação de elementos aumentou consideravelmente - como Mendeleiev havia previsto desde o princípio. Hoje são 114 os elementos químicos confirmados oficialmente, desde os que são encontrados na natureza, como o ouro e o cobre, até os que só podem ser sintetizados em laboratório, como o próprio Mendelévio, descoberto em 1955 e produzido em quantidade insuficiente para ser observado a olho nu. E a busca por essas peças que compõem tudo que existe ainda é motivo para uma corrida científica intensa.
Ao contrário dos tempos da Guerra Fria, quando havia polêmica até na hora de batizar os elementos (houve reações negativas nos Estados Unidos quando deram, em 1955, com toda a justiça, o nome de Mendelévio ao elemento 101, descoberto na Universidade de Berkeley), os laboratórios nos Estados Unidos e na Rússia disputam amigavelmente a criação ou descoberta de novos elementos. Muitas vezes, unem esforços nas pesquisas, como no caso dos novos ununquádio e ununhéxio.
Confirmar um achado do gênero pode levar anos. Os elementos mais pesados da tabela são altamente radioativos e em questão de milésimos de segundos decaem, dando origem a átomos mais leves. Assim, sua existência muitas vezes só pode ser comprovada através de complexas equações matemáticas. Um dos dois novos elementos adicionados à tabela, o 114, estava sendo estudado por diversos laboratórios desde 1999, mas somente agora foram reunidas provas consistentes de sua existência.
Para que então se dar ao trabalho de investir tempo e dinheiro na busca de novos elementos que, em sua maioria, existem apenas por milésimos de segundos? Yuri Oganessian, do Joint Institute for Nuclear Research de Dubna, na Rússia, responsável pelos recém admitidos elementos 114 e 116, dá uma pista do que os move, em entrevista publicada no livro Periodic Tales. "As descobertas são menos importantes como troféus e mais como uma maneira de entender melhor o mundo.”
Glenn Seaborg (1912-1999), responsável por batizar o Mendelévio, e ele próprio inspirador do seabórgio, o elemento 106, já predisse que a tabela periódica deve chegar até o elemento 168. A tecnologia para sintetizar os elementos entre 112 e 118 só foi desenvolvida na última década. Então é de se esperar que a tabela periódica continue crescendo à medida que tentamos explicar mais sobre o mundo e o universo, a partir de sua peças mais ínfimas, sem as quais, porém, nada existiria.